quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sobre Absolutamente Nada

Ontem trombei com meu amigo dramaturgo Sérgio Mello, bebemos algumas cervejas e falamos sobre as bobagens de sempre. Simples assim. O acompanhei até o metrô, depois segui meu caminho até em casa enquanto caia toneladas de água no centro de São Paulo, e em cima da minha cabeça. Cheguei em casa e não tive vontade de fazer nada, fiquei vendo tevê, mas não sei ao certo a que assisti, não me lembro, lembro vagamente de ter visto algumas partes do jornal da globo, falavam muito sobre a catástrofe no Haiti. O drama dos haitianos está sendo muito bem explorado, há celebridades de tudo quanto é parte tirando casquinha. Me surpreende tamanha bondade, tá todo mundo querendo doar uma grana na frente das câmeras, que a essa altura, virou holofote. Teve uma dita que disse quase em prantos para que "pelo amor de Deus, ajudem o Haiti". Que merda. Ainda bem que o mundo tem gente assim, preocupada com a situação subumana a qual vive esse pequeno país, que surgiu assim tão de repente no planeta. Cochilei. Havia um livro em cima da minha barriga quando acordei. A tevê estava desligada, nem me lembro de tê-la desligado, muito menos de ter pegado o livro. Levantei e fui até o banheiro, aproveitei pra dar uma olhada pela janela da cozinha, a vizinha tá sempre desfilando pelo apartamento durante a madrugada. Em trajes íntimos, saca!? A luz estava acesa, silêncio total, o que não é nem um pouco comum, ela é do tipo escandalosa. Sei quando ela está se divertindo, e devo dizer uma verdade, ela tem se divertido pra caralho. Literalmente. Vez ou outra ela fica fumando na janela da cozinha e é quando dá pra ver alguma coisa. Ela sorri, eu aceno e tudo fica como sempre foi. Não me lembro de ter ido pra cama, só de estar saindo dela quase às 11h. Alguém havia me ligado, retornei. Era alguém do banco oferecendo um acordo.

2 comentários:

Pedro Pellegrino disse...

Nesse final, eu tinha lido"era alguém do bando oferecendo acordo",rsrs. Grande abraço, Ademir.

Ademir Muniz disse...

Abraço Pedrão.