eu começo acreditando; sempre. ninguém precisa conquistar a minha confiança. tem muita gente por aí que mente o tempo todo, mas tem gente que sabe o quão mais fácil e prazeroso é ser honesto. eu escolhi privilegiar o segundo grupo. não sou ingênua, eu escolhi acreditar, não fui levada a acreditar. percebe a diferença? normalmente o mitômano é uma pessoa com séria dificuldade em acreditar em si mesmo e assumir posições claras na vida. eu presto atenção. não percebendo a diferença entre ser enganado e escolher acreditar, o mitômano baixa a guarda, sente-se seguro na mentirinha que tão ardilosamente preparou, acho que isso leva até um sentimento de superioridade e o sujeito acaba viciado nisso. mas, algumas pessoas, aquelas que escolheram acreditar, estão atentas. em pouco tempo a situação fica translúcida, quem mente demais não consegue prestar atenção nos detalhes. eu convivi com mitômanos a vida toda, aprendi a construir umas armadilhas, porque eu simplesmente me recusei em classificar as pessoas em um só tipo. nem todo mundo mente. quando eu percebo claramente que tanto tempo foi perdido com alguém que não estava ali, sinto-me triste, porque essa pessoa não faz a menor idéia que a vida pode ser muito melhor e mais simples. não mentir não significa falar a verdade o tempo todo, significa simplesmente não mentir. a mentira geralmente é desnecessária, por favor, não me procure só pra inventar uma história que vai ficar cada vez mais inverossímil. é como um filme ruim reescrito várias vezes por um péssimo roteirista."
Luana Vignon
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