sábado, 30 de outubro de 2010

Me falta paciência, não educação

Ando meio intolerante. Ontem discuti com o porteiro do prédio de uma amiga. Ela ficou muito chateada comigo e me enviou uma mensagem bem desagradável. Dia desses me desentendi também com o atendente do SubWay por que não tinha queijo cheddar. Mas isso é só pra citar dois exemplos recentes. Perdi a paciência tem algum tempo. E pra ser sincero, não estou a procura dela. Não consigo fingir que não ouvi, que está tudo bem, deixar pra lá. Parece besteira, mas quando vou a uma lanchonete dessas, que enchem a TV com publicidade que enfatizam a qualidade, tanto do produto quanto do atendimento, não admito uma forma de tratamento que é, no mínimo, desrespeitosa. Eu levei pro lado da ofensa mesmo. Não é o simples fato de não haver um produto, mas de ser tratado com total indiferença e desprezo. De ter a certeza de estar sendo enganado. Não tinha sido a primeira vez. Um dia não havia alface americana, aí os sábios o substituíram pelo crespo. Saca! Alface americana; três reais, alface crespo; um real. Você ser ludibriado; não tem preço?! Esse é o SubWay. E está tudo bem, somos assim mesmo. Vamos indo.
O porteiro me tratou super mal. Também, atrapalhei a novela dele. Fez cara feia e resmungou frases inaudíveis. Foi uma discussão boba e até calma. Mas ele me tratou como um malando, disse pra eu ficar na minha, e isso me tirou do sério. Como assim, “fica na sua”?! Achei um absurdo essa expressão. Não sou malandro, não trato ninguém como malandro e não admito que ninguém me trate como. Minha amiga disse, furiosa, que ele contou a ela que eu o xinguei e algumas coisas mais. Que merda. Nem quis me defender. Não achei necessário. Acredito que ela me conheça o suficiente pra saber que eu jamais faria isso.
Ser intolerante é absolutamente diferente de sair por aí ofendendo gratuitamente as pessoas, estejam elas trabalhando ou não.
Sou intolerante. Sei disso e provavelmente não vou mudar. Tento apenas evitar alguns estragos.

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